Lifelong Learning Programme

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TITLE OF THE PUBLICATION
As marcas da pobreza na infância e juventude: A situação de risco entre expetativas e atendimento escolar
SURNAME AND NAME OF AUTHOR(S)
Silva, Ana Paula Ferreira; Pereira, Luísa Alvares e Correia, José Alberto
PUBLISHER
Universidade Católica de São Paulo
PLACE AND DATE OF PUBLICATION
São Paulo, 2008
TYPE OF PUBLICATION
Web Article
LANGUAGE OF THE DOCUMENT
Portuguese
LANGUAGE OF THE REVIEW
Portuguese
THEMATIC AREA
Identification of students’ at risk
DESCRIPTION OF CONTENTS
A proposta deste artigo é discutir a inconsistência ou a superficialidade do conceito “situação de risco” atribuído a crianças e jovens pobres. Serão apresentadas as origens e implicações da sua utilização, quando passa a ser empregado pelas ciências sociais, bem como alguns trechos veiculados nos meios de comunicação e informação, que correlacionam a necessidade da educação à diminuição da pobreza. Valendo-se da etnografia, a autora, descreve-nos a realidade de três jovens que vivem em condições de severa pobreza e as suas respetivas relações estabelecidas com a escola. O objetivo, é analisar algumas das limitações e marcas que tal conceito acarreta para aqueles assim identificados, questionando as implicações mais diretas no atendimento desses jovens pobres que são inadvertidamente, considerados pela equipe escolar como “alunos em situação de risco”, pois essa marca parece justificar o seu fracasso e inadequação escolar.
A autora refere que há de fato uma evolução do conceito de risco antes muito ligado ao campo das ciências biológicas passando a ser empregado pelas ciências sociais, permitindo, assim, que o conceito tivesse sido (re)significado dependendo do modo como é utilizado e entendido em contextos sociais específicos.
Ao fazer uma analise da realidade brasileira sob uma perspetiva microscópica entende que quanto maior a pobreza em que uma família vive, maior será a sua proximidade com as situações de risco, admitindo, por isso, que a educação e, por vezes, a escolarização têm um papel fundamental nas prescrições de combate à pobreza e, por consequência, de afastamento do “risco”. É exatamente essa relação tão direta e quase inquestionável que torna a escola o espaço em que as crianças e os jovens pobres podem ser “salvos” da realidade em que vivem.
A autora cita, ainda, ao longo do documento, trechos que fazem parte de documentos elaborados por instituições de ajuda às populações mais pobres, e de livros ou artigos de jornais ou revistas sobre a correlação escola/educação e combate à pobreza.
COMMENTS ON THIS PUBLICATION
É um facto que, o conceito de risco surge-nos no dia-a-dia com contornos imprecisos, no entanto, é necessário reconhecer que tem havido um forte interesse da comunidade científica no sentido de estudar e delimitar o significado deste conceito.
O conceito de risco que englobava muito poucas dimensões da vida do ser humano ao longo do tempo, foi-se alargando a outras áreas relacionadas com a experiência humana na medida em que, nas sociedades atuais, as dimensões do “viver” dos indivíduos estão cada vez mais susceptiveis à ocorrência de situações adversas, instituindo-se um sentimento de incerteza e de insegurança quase permanentemente.
É de referir que, a pobreza constitui-se como o maior obstáculo para satisfazer e promover os direitos das crianças. Reforçando esta ideia, a análise estatística comparada em Portugal e no mundo mostra-nos que as crianças fazem parte do grupo onde se constata uma maior incidência de pobres.
O artigo é uma mais-valia para todos os profissionais que trabalham em contexto escolar porque chama a atenção para uma visão diferente relativamente à forma como deve ser tratada a questão dos alunos em risco, principalmente os que se encontrem em situação de pobreza. Assim, refere que a escola que supostamente pode “salvar” estes jovens não deverá ser aquela em que os conteúdos ensinados são priorizados, mas sim aquela onde prevalece um ambiente onde as questões trabalhadas são as que tocam ideologicamente o significado da sociabilização: um ambiente de trabalho voluntário, de preparação para o mundo do trabalho técnico e do controlo da frequência e do bom resultado escolar como forma de participar em atividades desportivas ou culturais. A escola deverá, então, ser um espaço aberto às mais variadas formas de educação, não enfatizam apenas o ensino de conteúdos académicos indo ao encontro das necessidades e competências de cada aluno.
A autora, pretende ainda chamar à atenção para que o rotulo de “situação de risco” não sirva para que as equipes pedagógica justifiquem o fracasso destes alunos, atribuindo a culpa às causas extraescolares e pessoais isentando-se de qualquer atendimento ou responsabilidade. Desta forma, intervir com um aluno “em situação de risco” implica tentar buscar todas as formas possíveis e imagináveis para garantir que ele não se perde pelo caminho, contudo, é um fato que as ferramentas de que dispõem os professores e as equipes escolares muitas vezes são insuficientes para solucionar os problemas de desigualdades sociais, que são muito maiores que o universo escolar e os sistemas educacionais. Apesar de tudo, o importante é não desistir destes alunos e deixar de fora qualquer conceção de aluno e de escola ideais, pois só assim será possível compreender as nuances que fazem da escola real um espaço único.
Name of Compiler
Catarina Louro
Name of Institution
Instituto Politécnico de Castelo Branco
Role in the institution
Junior Researcher

20 December 2014

Final Partners’ meeting

The fourth partners’ meeting took place in Florence (IT) on 15 December 2014. The meeting had the objective to check the activities carried out since the third meeting of the project and share and assess the in progress results. A special focus has been dedicated to the presentation of the strategies to solve the case scenarios.